Minecraft Dungeons: Flames of the Nether DLC
Nesta altura do campeonato vocês já sabem que não me custa absolutamente nada voltar ao Minecraft Dungeons cada vez que sai um novo DLC. Desta vez exploro Chamas do Nether e, tal como era de esperar, este jogo é mais do mesmo. Óptimo para quem gosta. Além disso há mais algumas melhorias, mas já lá vamos.
Não está propriamente associado ao novo DLC, mas cada vez que volto ao jogo há coisas novas no meu vilarejo. Desta vez há uma nova missão permanente, Ancient Hunt, onde apostamos loot para tentarmos conseguir melhor loot. Podemos inclusive apostar os pontos de encantamento que mesmo a um jogador com nível baixo como eu, já andavam ali sem servir para nada. Apostamos, entramos na missão. Se a acabarmos podemos ganhar melhor loot, se perdermos… adeus aos itens que apostamos. No fundo esta é uma maneira engraçada de lidar com o excesso de coisas que os jogadores mais antigos já deviam ter. Durante este DLC tive o achievement de ter 10 vendedores ao mesmo tempo na minha aldeia. Ena! Também podemos mandar itens para os nossos amigos na mesma party. Pouco a pouco isto cresce.
Está a imaginação a esgotar?
No lore de Minecraft o Nether é uma dimensão parecida com o inferno carregada de fogo e lava, no entanto tem biomas diversos, incluindo florestas e montanhas nevadas, o que me deixou um gostinho genérico maior que tive no restante jogo. Certo que há características transversais das quais saliento os javalis, o tom mais avermelhados dos níveis e o maior enfoque em adversários ranged bem mais chatos de eliminar. Duma forma geral, todos os adversários são mais chatos, existindo bem mais bicheza que funciona à base de ataques com area of effect, limitando muito os pontos que podemos pisar. Isto não é muito importante no jogo corriqueiro, mas quando entram em cena um ou dois bosses intermédios (super repetitivos, tenho que o dizer), nesses momentos que fica uma salganhada no ecrã, faz mesmo toda a diferença. Muitas vezes tive de jogar de forma bem mais cuidadosa e neste DLC creio que pela primeira vez tive de ter muito cuidado com o uso das setas, pois são fundamentais em alguns momentos do jogo.
O combate ser feito mais à distância faz-nos estar um bocado mais dependentes das pistas sonoras e estas são muitas vezes bastante más. Ouvimos um javali a grunhir, por exemplo, mas invariavelmente não o encontramos em lado nenhum, apenas avançamos cuidadosamente até percebermos que era um grunhido genérico associado a nada.
Para quê explorar?
Embora os drops de loot continuem a parecer adequados, neste DLC progredi pouquíssimo no nível dos itens. Para ser sincero ainda mantenho uma arma e um dos poderes que tinha quando o comecei. Em nenhum outro momento isto me aconteceu.
Outra coisa que notei e me aborreceu um bocado foi a aparente diminuição da recompensa por explorar. No jogo base e anteriores DLC valia a pena explorar todos os cantinhos, todas as extremidades do mapa já que na maioria delas encontravas um baú com uma recompensa, nem que simbólica, de te teres desviado do caminho principal para explorar, algo que aqui raramente acontecia.
Uma coisa da qual gostei foi que a cada um dos três níveis do jogo correspondia um nível secreto. Ou tive muita sorte ou realmente mudaram a estrutura de como se encontram esses níveis, mas agora eu encontrei todos na primeira run. Numa das turbas que derrotamos desbloqueamos um pergaminho que nos dá acesso ao nível. Mesmo assim esse pergaminho pode passar despercebido, mas a mensagem que o desbloqueámos aparece, só não o encontramos se não estivermos atentos.
E em que é que ficamos?
Já referi múltiplas vezes que prefiro jogar no PC, e acho mesmo que é peça muito importante no ecossistema Xbox. Sempre que tentei voltar a este jogo e jogá-lo em cloud notei que estava num personagem novo. Sempre pensei que teria feito alguma asneira a sincronizar, mas afinal é o PC que não sincroniza os saves com a consola. Para mim isto não faz qualquer sentido.
Qualquer DLC de Minecraft Dungeons despoleta em mim o mesmo sentimento relaxante, com música calma e bem adequada, um gameplay familiar, embora tenha de me recordar das teclas cada vez que volto ao jogo, uma evolução constante do jogo base, agora com mais cosméticos e com a possibilidade de termos um animalzinho de companhia.
A Xbox neste momento tem um bom registo de investimento nestes jogos que funcionam como serviços e estão muito generosos com o que acrescentam de forma gratuita, tanto que não sei se neste momento vale a pena comprar estes DLC de forma individual. Certo que pagas 6 euros por 6 níveis, 6 níveis que provavelmente não vão decepcionar os fãs, mas talvez o jogo base já seja suficiente para te entreter.
- Lançamento: 24 de Fevereiro de 2021
- Plataformas: PC/Xbox/Nintendo Switch/PS
- Desenvolvedor: Mojang
- Editora: Xbox Game Studios
- Nota Pessoal: 6,5/10
- Jogo analisado com uma chave para Game Pass Ultimate gentilmente cedida por Xbox Portugal
- Analisado na versão para PC