Ciel Fledge - a Daughter Raising Simulator
Este jogo apanhou-me completamente desprevenido. Foi um daqueles em que vi o vídeo de lançamento no Youtube, gostei e optei por jogá-lo. Ciel Fledge – A Daughter Raising Simulator saiu melhor do que eu pensava, apesar de juntar uma data de géneros que habitualmente não gosto.
Começo já por dizer que a narrativa do jogo tem alguns momentos que necessitaram de muita volta para poderem encaixar, o maior de todos é a forma como Ciel (no meu jogo carinhosamente apelidada de Peste) nos chegou a casa para a podermos educar. O jogo é de ficção científica. O nosso planeta foi invadido por monstros alienígenas que são tratados por Gigantes e a humanidade passou a viver em cidades voadoras de onde organizam a sua resistência. Uma das naves foi abatida, Ciel foi a sobrevivente. Pelos vistos nessa época ser funcionário público não era só trabalhar das 9 às 17…
Ora, o jogo é composto por 3 vertentes, a de novela visual, que é a que mais dispenso porque me aborrece de morte ler a quantidade exorbitante de diálogo mas é, no entanto, imprescindível à introdução de personagens, consolidação de relacionamentos e ao lentíssimo desenrolar da história. O componente que mais gostei foi o de organizar cada semana para tentar oferecer a Ciel o melhor possível para que se pudesse desenvolver, desde conciliar o mimo com o ganhar dinheiro (este imprescindível quer para pagar as atividades, quer para comprar itens que Ciel gosta), decidir o que Ciel come, com quem se relaciona, que atividades faz, quantas vezes descansa. Por fim há um sistema de combate que de forma resumida se cinge a combinações de pedras da mesma cor, no entanto isto é uma descrição simplista, pois há muitas decisões e variantes do mesmo jogo, as batalhas são mesmo muito difíceis até determinada altura e requerem imensa concentração.
Consoante Ciel vai tendo novas experiências vai desenvolvendo as suas capacidades e amizades, tendo acesso a novas actividades na skill three. Inicialmente isso escapou-me, mas depois comecei a orientar um bocado o desenvolvimento para atingir essas metas.
O jogo não te ajuda muito, tens que maioritariamente ir aprendendo tudo sozinho, algo que nem sempre é simples, no entanto é justo e consoante vais entrando nele vai-se tornando fácil e intuitivo.
Não achei grande piada aos controlos serem todos no teclado, a música e estilo gráfico também não me seduziram por aí além.
Este jogo vai crescendo connosco. Tem os seus problemas mas duma forma geral parece cumprir o propósito para que foi desenhado, e caso este seja um tipo de jogo que agrade, acho que vais ter aqui imenso para explorar.
Se gostaste e estás curioso, podes adicionar este jogo à tua lista de desejos no Steam aqui.
- Lançamento: 21 de Fevereiro de 2020
- Plataformas: PC/Nintendo Switch
- Desenvolvedor: Studio Namaapa
- Editora: PQube Limited
- Cópia para teste gentilmente cedida por PQube Limited