Valve aperta cerco aos conflitos de interesse no CS:GO
Foi em finais de 2019 que a Valve lançou no site do Counter Strike: Global Offensive um blog post entitulado "Keeping things transparent", onde aderessava diversas questões mas, principalmente, os conflitos de interesse e a exclusividade de torneios.
Foi nessa altura que a gigante norte-americana anunciou que todos os jogadores e equipas teriam de revelar publicamente todas as suas relações comerciais. Na altura um dos casos que já era publicamente conhecido era que dead, Taco, apoka, zews e coldzera são donos da YeaH Gaming, uma organização brasileira que disputa campeonatos regionais e internacionais.
Agora, e de acordo com informação obtida pelo site internacional HLTV.org, a Valve finalmente começou a levar a cabo ações diretas com o objetivo de acabar com estes tipos de conflitos de interesse, mirando um total de 7 organizações. Num email obtido pelo mesmo site, a Valve indica que encontrou 3 conflitos de interesse que representam "uma ameaça para a integridade dos Majors".
Coldzera e Dead (2º e 3º a contar da esquerda, respetivamente) são co-detentores da Yeah Gaming (Foto: defs.pt)
Um dos casos que gera maior problema é o anteriormente referido caso da YeaH, que é detida por 4 pessoas que estão ligadas a três organizações diferentes que estão a competir no RMR. Taco e dead estão na MIBR, o primeiro como jogador o segundo como manager, zews treina a Evil Geniuses e coldzera encontra-se a competir pela FaZe. O assunto já veio à tona várias vezes e todos os envolvidos garantiram não estar envolvidos em decisões no que diz respeito à empresa.
Além disso, a YeaH possui um acordo financeiro com a IGC (Immortals Gaming Club), empresa que detem a MIBR. O acordo consiste no pagamento de um valor anual e, em troca, a IGC pode comprar um máximo de 2 jogadores por um valor pré-defenido.
Para além deste caso, existe ainda dois outros conflitos de interesse: GeT_RiGhT, que atualmente compete pela Dignitas, que detém uma quota na organização sueca NiP, e lurpis, que faz parte da gestão da IGC mas também detém uma quota minoritária na finlandeza ENCE.
A Valve deu até ao próximo major para todos os envolvidos terem estas questões resolvidas, caso contrário poderão ser proibídos de participar no torneio, que conta com 2 milhões em prémio e será o único Major do ano, devido ao COVID. O torneio encontra-se marcado para Novembro deste ano.


